Por Alberto Murray
Esse é um tema
controverso. Já me manifestei sobre ele algumas vezes. A Carta Olímpica
preconiza que o Movimento Olímpico deve estar livre de qualquer influência
política, religiosa, racial, sectarismos e não tolerar qualquer tipo de
discriminação. São esses princípios que fazem do Movimento Olímpico uma ação
única e global.
Nesse contexto é
necessário ter a compreensão exata do que significa política. Formular
políticas é organizar propostas de governo, para melhorar a nação, ou uma
instituição, sob a ótica da racionalidade econômica e social. No Estado
democrático, as políticas de Estado são definidas no Parlamento e executadas
pelo Poder Executivo (do verbo executar).
É comum confundirem a
palavra política com algo que efetivamente não traduz a palavra em sua essência.
Política não é esse emaranhado partidário do chamado “toma lá, dá cá”, que
vemos diariamente nos noticiários.
Assim, dessa “política
rastaquera”, de troca de favores, as instituições esportivas devem estar
definitivamente afastadas. O esporte não pode se prestar a financiar, ou
apoiar, ou estar a serviço de um partido, ou de um “político”.
As Instituições Esportivas
devem, sim, estar inseridas nas formulações de políticas públicas de Estado
para a Educação Física, Saúde e Educação. Ou seja, para estabelecer programas
de Estado, de longo prazo, que servirão para construir um país melhor.
Alberto Murray Neto é Advogado militante
formado pela USP, com especialização em direito de empresa pela Universidade de
Toronto, no Canadá. Na área esportiva, foi campeão paulista de atletismo pelo
Esporte Clube Pinheiros. Diretor da ONG Sylvio de Magalhães Padilha, de apoio
ao esporte e ao movimento olímpico.
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