O atleta Ricardo Cândido Vitalino, ou
Ricardo Dendeia, de 47 anos, compartilhou com o Jornal PODIUM um pouco de sua
história. Envolvido desde criança com esse mundo, graças a seu pai, famoso
técnico varginhense, Dendeia, tem história em duas modalidades de muita garra,
atletismo e futebol.
Sua primeira competição foi
Jogos Estudantis, pelo colégio Polivalente. Na época, seu professor, Walter, o
escolheu por se destacar na corrida entre sua turma. Ficou em segundo lugar na
prova de 1500 metros, contribuindo para o título que sua escola levou como
Campeã Geral.
No ano seguinte, se
transferiu para o Senai, competiu novamente o mesmo campeonato e, dessa vez,
conquistou o ouro. E foi pelo Senai que entrou para o time de Futebol de Salão
para competirem nas Olimpíadas de Salão. Ganharam em Itajubá, representando a
cidade. “Uma experiência única! A viagem era algo muito bacana e excitante para
a maioria de nós e, voltar com o título de campeão para casa, foi melhor
ainda”, conta Ricardo.
Em sua juventude, contribuiu
também com um dos maiores vencedores de futebol da época, o Curitibinha, do
treinador Luiz Antônio Eduardo. Naquela
época, não havia campos gramados na cidade, e o seu time era um dos mais
conhecidos de futebol amador, junto com o Flamenguinho, do Paulinho;
Botafoguinho - Simonal; Grêmio da CBC - Toninho Caquinho; Santos do Matadouro -
Periquito e Apolinho, Antônio Terra. Jogou também pelo Barcelona, e em 1987,
conquistou o seu primeiro título de juniores.
“Minha
maior frustração foi não ter ganhado um campeonato pelo time do Botafoguinho,
do meu amigo Paulinho. Tínhamos sete pontos na frente do Milan. Ganhamos deles
de 3x0 na chave de grupo. Porém, no regulamento do Maurinho a final não tinha
vantagem de empate. Foi 2x2 tempo normal, e na prorrogação perdemos de 1x0.
Fomos vice-campeões com sete pontos na frente do campeão. Essa foi minha maior
decepção no futebol amador. Mas foi a maior final que fiz, até hoje não vi
final igual.”
Também
conseguiu muitas alegrias através dos vários títulos: pelo Barcelona, pelo
Santos - do Adoniram pé quente, pelo Solúvel, Minas Sul, com o time
Botafoguinho, do Paulinho e outros. Atualmente joga no veterano com o projeto
Penay, do Nandinho.
O Penay conta com grandes ex-jogadores
profissionais de Varginha: Nandinho, Luciano, Zezé, Ademir, entre outros. E jogam campeonatos de veteranos na região.
“Agradeço
ao meu pai, Dendeia, por sempre me apoiar na minha luta. Quando era criança,
desde os seis anos, me levava aos jogos para que eu pudesse assistir de perto”,
lembra Ricardo. Em 1978, seu pai foi Campeão da Cidade como técnico do Sodrogas
e é o homenageado da edição 2020 do Amadorzão. Dendeia, uma personalidade do
futebol varginhense.
Texto: Maria Júlia Veloso
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